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23 de jul. de 2013

Pinóquio História Infantil para Crianças

Pinóquio História Infantil para Crianças

História Infantil do Pinóquio, o boneco de madeira.
PINÓQUIO

Era uma vez, um senhor chamado Gepeto. Ele era um homem bom, que morava sozinho em uma bela casinha numa vila italiana.

Gepeto era marceneiro, fazia trabalhos incríveis com madeira, brinquedos, móveis e muitos outros objetos. As crianças adoravam os brinquedos de Gepeto.
Apesar de fazer a felicidade das crianças com os brinquedos de madeira, Gepeto sentia-se muito só, e por vezes triste. Ele queria muito ter tido um filho, e assim resolveu construir um amigo de madeira para si.
O boneco ficou muito bonito, tão perfeito que Gepeto entusiasmou-se e deu-lhe o nome de Pinóquio.
Os dias se passaram e Gepeto falava sempre com o Pinóquio, como se este fosse realmente um menino.


Numa noite, a Fada Azul visitou a oficina de Gepeto. Comovida com a solidão do bondoso ancião, resolveu tornar seu sonho em realidade dando vida ao boneco de madeira.
E tocando Pinóquio com a sua varinha mágica disse:
__Te darei o dom da vida, porém para se transformar num menino de verdade deves fazer por merecer . Deve ser sempre bom e verdadeiro como o seu pai, Gepeto.

A fada incumbiu um saltitante e esperto grilo na tarefa de ajudar Pinóquio a reconhecer o certo e o errado, dessa forma poderia se desenvolver mais rápido e alcançar seu almejado sonho: tornar-se um menino de verdade.
No dia seguinte, ao acordar, Gepeto percebeu-se que o seu desejo havia se tornado realidade.
Gepeto, que já amava aquele boneco de madeira como seu filho, agora descobria o prazer de acompanhar suas descobertas, observar sua inocência, compartilhar sua vivacidade. Queria ensinar ao seu filho, tudo o que sabia e retribuir a felicidade que o boneco lhe proporcionava.
Sendo assim, Gepeto resolveu matricular Pinóquio na escola da vila, para que ele pudesse aprender as coisas que os meninos de verdade aprendem, além de fazer amizades.
Pinóquio seguia a caminho da escola todo contente pensando em como deveria ser seu primeiro dia de aula estava ansioso para aprender a ler e escrever.
No caminho porém encontrou dois estranhos que logo foram conversando com ele. Era uma Raposa e um Gato, que ficaram maravilhados ao ver um boneco de madeira falante e pensaram em ganhar dinheiro às custas do mesmo.
__ Não acredito que você vai a escola! Meninos espertos preferem aprender na escola da vida! – falou a Raposa se fazendo de esperta.
_ Vamos Pinóquio, sem desviar do nosso caminho! Gritou o pequeno e responsável grilo.
A Raposa e o Gato começaram a contar que estavam indo assistir ao show do teatro de marionetes. Pinóquio não conseguiu vencer sua curiosidade, para ele tudo era novidade, queria conhecer o teatro divertido, do qual os dois estranhos falavam.
__ Acho até que você poderá trabalhar no teatro, viajar conhecer novas pessoas, ganhar muito dinheiro e comprar coisas para você e para quem você gosta. Continuou a instigar a Raposa.
O pequeno grilo continuou a falar com Pinóquio, mas este estava tão empolgado que nem o escutava mais.
Pinóquio então, seguiu com a Raposa e o Gato, rumo à apresentação do teatro de marionetes, deixando seu amigo grilo para trás.

Contos, fabulas e historinhas: Pinóquio
A Raposa e o Gato venderam o boneco par ao dono do teatro de marionetes.
Pinóquio sem perceber o acontecido atuou na apresentação dos bonecos e fez grande sucesso com o público.
Ao final da apresentação, Pinóquio quis ir embora, porém o dono do teatro vai em Pinóquio a sua chance de ganhar muito dinheiro, sendo assim o trancou numa gaiola.
Pinóquio passou a noite preso, chorando, lembrou do seu pai e teve medo de não vê-lo novamente.
Já estava amanhecendo quando o Grilo enfim, conseguiu encontrar Pinóquio. Mas não o conseguiu libertar da gaiola. Nesse momento, apareceu a Fada Azul que perguntou ao boneco o que havia acontecido.
Pinóquio mentiu, contou que havia se perdido e encontrado o dono do teatro de marionetes, que o prendeu e o obrigou aa trabalhar para ele.
Pinóquio se assustou com o que havia acontecido em seguida.Seu nariz dobrar de tamanho. Assustado, o boneco começou a chorar.
__ Não chore, Pinóquio! disse a Fada Azul abrindo com a sua varinha mágica o cadeado da gaiola. __ Sempre que você mentir seu nariz o denunciará e crescerá. A mentira é algo aparente, é errado e não deve fazer parte de quem possui um bom coração.- Continuou a Fada.
__ Não quero ter esse nariz! Eu falo a verdade! Quis saber como era um teatro de marionetes e sai do meu caminho.Acabei me dando mal.
__ Não minta novamente, Pinóquio! Lembre-se que para ser um menino de verdade, você deve fazer por merecer.- disse a fada , desaparecendo em seguida.


Pinóquio estava voltando para casa com o grilo, quando viu três crianças correndo sorridentes em uma direção oposta à sua.
Como era muito curioso, Pinóquio perguntou a um dos meninos onde ele ia.
__ Estamos indo pegar um barco para a Ilha da Diversão.Lá existe um enorme parque com brinquedos e doces à vontade. Criança lá não estuda.Só se diverte!
Pinóquio achou a idéia de uma ilha como aquela tentadora.Parou no meio do caminho e olhou na direção dos meninos que corriam.
__ Não, Pinóquio! Dúvida, não! O que eles estão fazendo parece bom, divertido, mas é errado.Fazer o que é errado traz más conseqüências. – disse o esperto grilo. Os meninos, já um pouco distantes chamavam Pinóquio para ir junto.

__Ah! Grilo, eu vou só conhecer a ilha,. Não ficarei lá para sempre.- disse o inocente boneco, já correndo em direção aos meninos.
O grilo não concordou, mas seguiu Pinóquio, afinal era responsável por ele.
Pinóquio entro num barco cheio de crianças que ia para a tal ilha.
Ao chegarem na ilha, as crianças correram em direção aos brinquedos. Podia-se brincar à vontade,comer doces o quanto quisessem.


O grilo observava, desapontado, o boneco se divertindo.
A noite chegou, e as crianças exaustas de tanto brincar, dormiram no chão, espalhadas pelo parque. Algumas sentiam dores na barriga de tanto comer doces.
Pinóquio estava quase dormindo, quando o grilo o acordou.
__Pinóquio, o que está acontecendo?
__O que grilo? Estou com sono.Está acontecendo que todos estão dormindo. - disse o boneco sonolento.
_ Não estou falando disso, Pinóquio! Falo das orelhas de vocês! Estão com orelhas... de burro! – disse o grilo preocupado.
Pinóquio despertou e assustado correu em direção a um lago, para ver seu reflexo na água.
Várias crianças já haviam percebido o que estava acontecendo e choravam assustadas.
Pinóquio ficou com m muito medo, pois via que outras crianças já estavam também com rabo de burro.
O grilo chamou o boneco para saírem imediatamente da ilha. Devia ser algum feitiço.Em troca da diversão que tiveram estavam se transformando em burros.
Pinóquio correu em direção a um pequeno barco.Com ele, iam o grilo e outras crianças. Porém, ninguém conseguia dirigir o barco.
Pinóquio, chorando, chamou a fada Azul.
_ Fada Azul, por favor, nos ajude!
A fada apareceu, ficou feliz por Pinóquio pedir ajuda também pelas outras crianças.
Ao perguntar ao boneco o que havia acontecido, a Fada recebeu deste outra mentira. Pinóquio mentiu que havia seguido um menino que ia para a mesma vila que o Gepeto morava e acabaram se perdendo.
No mesmo instante, o nariz do boneco começou a crescer.
Assustado, Pinóquio lembrou do que a fada havia dito e falou a verdade.
Seu nariz voltou ao normal, e a Fada anulou o feitiço que estava fazendo Pinóquio e as outras crianças se transformarem em burros.
Pinóquio seguiu com o grilo em direção à sua casa na vila. Sentia muita saudade do seu pai Gepeto. Estava começando a entender que o seu pai queria sempre o melhor para ele, e o melhor, naquele momento, era a seu lar, a escola e a vila.
Ao chegar em casa, Pinóquio não encontrou Gepeto. Com medo, ficou imaginando que Gepeto poderia ter morrido de tristeza com o seu sumiço. Mas o grilo encontrou um bilhete de Gepeto, pendurado na porta.
No bilhete, Gepeto dizia que ia de barco procurar o seu filho amado.
Pinóquio foi em direção à praia, junto com o grilo.
Chegando lá, não viram nenhum sinal do barco do Gepeto.
Pinóquio ficou sabendo por uns pescadores que um pequeno barco havia sido engolido por uma baleia naquela manhã.
O boneco imediatamente pensou que se tratava de Gepeto e atirou-se ao mar, para procurar a tal baleia.
O grilo foi atrás de Pinóquio. Ambos nadaram bastante até encontrarem uma enorme criatura.
O grilo avisou ao boneco que aquela era uma baleia. Pinóquio se colocou na frente do animal e em poucos segundos foi engolido por ela. O grilo que o acompanhava todo o tempo,também foi engolido.
Ao chegarem no estômago do animal, viram um pequeno barco e Gepeto, triste, cabisbaixo, sentado com as mãos na cabeça.
Ao ver o boneco, Gepeto sorriu e correu ao seu encontro.
Pinóquio abraçou o pai e pediu desculpas por ter agido mal.
__ A única coisa que importa, meu filho, é que você está bem. -disse o bondoso velhinho


Pinóquio teve a idéia de fazerem uma fogueira com pedaços de madeira do barco, assim a baleia podia espirrar e atirá-los para fora da sua barriga.
O plano deu certo, e a baleia espirrou o barco onde estavam Gepeto, Pinóquio e o grilo.
Ao chegarem à praia, Pinóquio e Gepeto novamente se abraçaram felizes por ter dado tudo certo.
_ Prometo ser obediente, papai! Não mentir e cumprir meus deveres. –disse o boneco.
Gepeto ficou orgulhoso do filho. Sabia que Pinóquio tinha aprendido valiosas lições.
Nesse momento, a Fada Azul apareceu e sorridente disse ao boneco:
__ Você aprendeu as diferenças entre o bem e o mal. O valor do amor, da lealdade .Tudo o que fazemos tem uma conseqüência, que pode ser boa ou ruim dependendo de como agimos. Por tudo o que você aprendeu e pelo modo como agiu, agora farei de você será um menino de verdade!

Assim, a Fada transformou Pinóquio em um menino de verdade. E este viveu muito feliz com o seu pai, Gepeto, e com o amigo grilo.

Peter Pan

História Infantil do Peter Pan

História Infantil do Peter Pan, e sua turma
PETER PAN
Todas as crianças crescem, Peter Pan não! Ele mora na Terra do Nunca.


Um dia junto com a Fada Sininho, foi visitar seus amigos Wendy, João e Miguel.





Peter levou-os para conhecer a Terra do Nunca. Com a mágica de Sininho eles saíram voando.


Avistaram o barco pirata, a aldeia dos índios e a morada dos meninos perdidos.

O Capitão Gancho viu Peter Pan e seus amigos voando e resolveu atacá-los;






Peter Pan salvou Wendy antes que ela caísse no chão.

Os meninos perdidos moravam dentro de uma árvore oca. Wendy contou lindas histórias para eles. Ela gostou dos meninos.


Um dia o Capitão Gancho raptou a princesa dos índios, mas Peter Pan apareceu para libertá-la.




O Capitão Gancho fugiu e o Crocodilo Tic Tac quase o engoliu, mas ele escapou.



Mas o Capitão Gancho não desistiu. Desta vez capturou os meninos perdidos, levou-os para o barco pirata, de lá eles seriam jogados no mar.



Mas Peter Pan veio salvar os seus amigos. Lutou com Gancho e o derrubou.



De volta ao lar, Wendy pediu que Peter Pan ficasse com eles, mas ele disse que não e preferiu a Terra do Nunca, assim ele nunca cresceria e poderia brincar com todas as crianças sempre.

Os Tres Porquinhos

Os Tres Porquinhos

Os Tres Porquinhos História infantil para crianças

Era uma vez, 3 porquinhos que viviam na floresta,
cada um na casa que construiu.
Os dois mais novos só pensavam em brincar
e não gostavam de trabalhar. Um fez a casa de palha
e o outro de madeira, o mais velho que era trabalhador
fez uma casa de tijolo e cimento, que lhe dava segurança.
Os mais novos aziam troça dele, que levava o tempo
todo a trabalhar e não brincava.
Certo dia, o lobo pareceu e cada um fugiu para sua casa,
o lobo aproximou-se da casa de palha e começou a soprar
com tanta força que o telhado e as paredes foram para o ar.
O porquinho correu para a casa do outro irmão, o lobo
voltou a soprar com tanta força, que depressa derruboua madeira.
Os dois porquinhos, assustados correram para casa do irmão mais velho.
E o lobo furioso voltou a soprar, mas desta vez não
conseguiu derrubar a casa de tijolos e acabou por se ir embora.
Os dois porquinhos aprenderam a lição, primeiro trabalhar e depois brincar.
E foram felizes para sempre.

O ratinho da cidade e o ratinho do campo

O ratinho da cidade e o ratinho do campo

O ratinho da cidade e o ratinho do campo, Fábulas de Esopo
Um dia um ratinho do campo convidou seu amigo que morava na cidade para ir visitá-lo em sua casa no meio da relva. O ratinho da cidade foi, mas ficou muito chateado quando viu o que havia para jantar: grãos de cevada e umas raízes com gosto de terra.
– Coitado de você, meu amigo! – exclamou ele. – Leva uma vida de formiga! Venha morar comigo na cidade que nós dois juntos vamos acabar com todo o toucinho deste país!
E lá se foi o ratinho do campo para a cidade. O amigo mostrou para ele uma despensa com queijo, mel, cereais, figos e tâmaras. O ratinho do campo ficou de queixo caído. Resolveram começar o banquete na mesma hora. Mas mal deu para sentir o cheirinho: a porta da despensa se abriu e alguém entrou. Os dois ratos fugiram apavorados e se esconderam no primeiro buraco apertado que encontraram. Quando a situação se acalmou e os amigos iam saindo com todo o cuidado do esconderijo, outra pessoa entrou na despensa e foi preciso sumir de novo. A essas alturas o ratinho do campo já estava caindo pelas tabelas.
 – Até logo – disse ele. – Já vou indo. Estou vendo que sua vida é um luxo só, mas para mim não serve. É muito perigosa. Vou para minha casa, onde posso comer minha comidinha simples em paz.

Moral da história: Mais vale uma vida modesta com paz e sossego que todo o luxo do mundo com perigos e preocupações.

O PRÍNCIPE SAPO

O PRÍNCIPE SAPO

HISTÓRIA INFANTIL O PRÍNCIPE SAPO


Era uma vez um rei que não tinha filhos e tinha muita paixão por isso, e a mulher disse que Deus lhe desse um filho mesmo que fosse um sapo. Houve de ter um filhinho como um sapo; depois botaram as folhas a ver se havia quem o queria criar, mas ninguém se animava a vir. O rei, vendo que o sopito do filho não havia quem o queria criar, anunciou que, se houvesse alguma mulher que o quisesse criar, lho dava em casamento e lhe dava o reino. Nisto aí apareceu uma rapariga e disse: Se Vossa Real Majestade me dá o filho, eu animo-me a vi-lo criar.» O rei disse que sim e a rapariga veio criar o sopito. Depois passou algum tempo e ele foi crescendo e ela lavava-o e esmerava-o como se ele fosse uma criança. Foi indo e ele tinha uns olhos muito bonitos e falava, e a rapariga dizia: Os olhos dele e a fala não são de sapo. Já estava grande, passaram-se anos e ela, uma noite, teve um sonho em que lhe diziam ao ouvido que o sapo era gente, mas pela grande heresia que a mãe disse que estava formado em sapo, que se o rei lho desse para ela casar com ele que casasse e quando fosse na primeira noite que se fosse deitar, que ele tinha sete peles e ela levasse sete saias e quando ele dissesse: «Tira uma saia, lhe dissesse ela: Tira uma pele. Assim foi e casou o sapo com a rapariga e na noite do casamento ele pediu-lhe que tirasse ela as saias e ela foi-lhe pedindo que tirasse as peles e depois de ele as tirar ficou um homem. Ao outro dia ele tornou a vestir as peles e ficou outra vez sapo. E ela disse-lhe: Tu para que vestes as peles? Assim és tão bonito e vais ficar sapo. Assim me é preciso, cala-te. Ela, assim que se pôs a pé, foi contar tudo à rainha, e o rei mais a rainha disseram-lhe: Quando hoje te deitares, diz-lhe o mesmo e depois de ele tirar as peles e estar a dormir, deixa a porta do quarto aberta que nós queremos ir vê-lo.» Foram-no ver e viram que ele era homem. Ao outro dia o príncipe tornou a vestir as peles e vai o pai disse-lhe: Tu, porque vestes as peles e queres ser feio? Eu quero ser sapo, porque o meu pai tem mão interior e, se eu fico bonito, impõem a minha mulher. O rei disse-lhe: Eu não a impunha, mas queria que tu ficasses bonito. Depois, como viram que ele não queria deixar de ser sapo, pediram a ela que, assim que ele adormecesse, lhes trouxesse as peles para eles as queimarem. Ela assim fez e eles botaram as peles ao fogo aceso. De manhã vai ele para vestir as peles e não as acha. Que é das peles? Vieram aqui o teu pai e a tua mãe e levaram-nas. Mal hajas tu se lhas destes, mais quem te deu o conselho. Adeus. Se alguma vez me tornares a ver, dá-me um beijo na boca.

A mulherzinha ficou mas o rei e a mulher, assim que viram que o filho faltou, puseram-na fora da porta. Ela, coitada, não tinha com que se tratar; o que era do rei lá ficou e ela estava muito pobrezinha. A todas as pessoas que via perguntava se tinham visto um homem assim e assim e lá lhe dava as notícias do príncipe. Vieram por onde ela estava uns cegos e ela fez-lhes a pergunta. Os moços dos cegos disseram-lhe: Nós vimos no rio Jordão um homem e certamente era ele; estava botando fatias de pão para trás das costas e dizendo: Pela alma de meu pai, pela alma de minha mãe, pela alma de minha mulher. Ela disse-lhes: Vocês quando tornam para essa banda? Nós para o fim do outro mês voltamos para lá; havemos de passar por esse rio. A mulherzinha aprontou-se e foi com eles. Chegou lá e era o príncipe. Ela chegou ao pé dele e deu-lhe o beijo na boca como ele tinha dito e disse-lhe: Ora vamos embora, que se acabou o nosso fado. E foram para casa e foram muito felizes e tiveram muitos filhos.

O Pequeno Polegar

O Pequeno Polegar

História Infantil O pequeno Polegar
Era uma vez um lenhador que tinha sete filhos homens. O maior tinha doze anos, o caçula seis e se chamava Pequeno Polegar. Ele era muito pequenino. Quando nasceu tinha o tamanho de um dedo polegar, por isso lhe deram esse nome. O Pequeno Polegar não falava muito, mas em compensação sua cabecinha não parava de pensar.
Embora fosse o menorzinho. ele era o mais esperto dos irmãos. O lenhador era muito pobre e não tinha meio de sustentar os sete filhos. Por isso combinou com a mulher levá-los para a floresta e deixá-los lá, pois diziam que havia um gênio que cuidava das crianças que se perdiam no mato.
O Pequeno Polegar, escondido debaixo do banco, ouviu a conversa. Como gostava muito dos pais, não queria ficar longe deles. Quando todos dormiam, saiu bem quietinho e foi ao riacho que passava perto da casa e recolheu uma porção de pedrinhas brancas. Na manhã seguinte toda a família do lenhador saiu para cortar lenha no mato. Enquanto andava, o Pequeno Polegar foi deixando cair as pedrinhas brancas, para marcar o caminho.
Os irmãos do Pequeno Polegar trabalhavam animados cortando lenha. Enquanto isso, o lenhador e a mulher, se afastaram silenciosamente sem que os filhos percebessem. Em seguida voltaram para casa por um caminho desconhecido das crianças. Horas depois, os irmãos deram pela falta dos pais.
- Eles devem voltar logo, - disse um dos meninos. - Decerto foram recolher lenha mais adiante.
A tardinha, como os pais não apareceram, os meninos ficaram muito assustados:
- Que faremos sozinhos aqui no mato?
- Não tenham medo - disse o Pequeno Polegar. - Venham comigo. Eu os levarei de volta para casa.
- Você? Ora, o menorzinho de todos... Como vai conseguir isso? Nenhum de nós conhece o caminho de volta!
- Não se preocupem. Vocês vão ver como chegaremos em casa.
Seguindo as pedrinhas brancas, o Pequeno Polegar conduziu os irmãos para casa, sem errar o caminho.
Quando o lenhador e a mulher viram os meninos de volta, decidiram levá-los novamente ao mato no dia seguinte. O Pequeno Polegar, também desta vez, ouviu a conversa dos pais. Tratou de ir recolher pedrinhas brancas no riacho... mas não pode sair de casa. A porta estava fechada com um cadeado tão grande e pesado, que ele não conseguiu abrir.
Assim, naquela tarde, os sete meninos não conseguiram encontrar o caminho de volta para casa e se perderam no mato.
O pior foi que começou a chover, uma chuva forte que logo deixou as crianças molhadinhas.
O Pequeno Polegar subiu numa árvore para ver se avistava a casa dos pais, à luz dos relâmpagos.
Depois de muito olhar em todas as direções, o Pequeno Polegar viu, ao longe, uma enorme casa.
- Parece um castelo - disse ele aos irmãos. - É, escuro e feio, mas . . . não vejo nenhum outro abrigo!
O menino desceu da árvore e os sete irmãos se dirigiram ao casarão que ele avistara lá de cima.
Naquela casa morava um gigante feiticeiro. Quando os irmãos bateram à porta, a mulher dele veio abrir.
- Oh! Sete meninos! Deus meu, aqui mora um gigante feiticeiro! Se ele vê vocês, come todos num só bocado! Vão embora, depressa!
- Mas estamos com frio... Está chovendo tanto! - suplicou o Pequeno Polegar.
A mulher do feiticeiro ficou com pena dos meninos e mandou-os entrar.
- Venham secar as roupas aqui perto do fogo.
Meu marido não está em casa e talvez demore um pouco para voltar.
Os meninos agradeceram e entraram. Mas nem tinham ainda acabado de secar as roupas e o feiticeiro bateu à porta:
"Quatro batidas acabo de dar, estou com fome e todo molhado. Abre mulher, quero me enxugar e um carneiro inteiro comer assado."
Mais que depressa, a mulher escondeu as crianças embaixo das camas.
- Fiquem quietinhos, não façam barulho, - recomendou ela.
O feiticeiro entrou, e. . .
Depois do jantar, o gigante ordenou que a mulher vestisse um gorro em cada menino e pusesse todos na cama para dormirem.
- Mas, onde? - perguntou a mulher. - Não temos quarto desocupado!
- Ora, ponha-os no quarto de minhas queridas filhas - respondeu ele.
O gigante feiticeiro tinha sete filhas ainda pequenas. Não eram bonitas. Todas dentuças, como o pai. Mas justamente por serem parecidas com ele, o gigante as achava lindas e fazia questão de que se vestissem muito bem. Queria que as filhas parecessem princesas, por isso elas usavam coroas na cabeça. Não as tiravam nem para dormir!
O Pequeno Polegar, muito esperto, prestou atenção às coroinhas e ficou pensando no assunto. Quando todos estavam dormindo, ele levantou bem quietinho e trocou as coroas das meninas pelos gorros de seus irmãos.
- Em feiticeiro não se pode confiar. - pensava ele. - Finge de bom, mas...
As suspeitas do Pequeno Polegar eram justas. Quando bateu meia noite, o gigante entrou no quarto. Pretendia degolar os meninos para comê-los no dia seguinte. Tocou com as mãos a cabeça deles, sentiu as coroas e pensou que fossem suas filhas. Passou para outra cama, sentiu os gorros, mas, para certificar-se, passou a mão sobre a boca das meninas e ...
- Ora, estas são minhas lindas filhas dentuças! - gritou ele, já zangado e voltou-se para a cama dos meninos: - Vocês fizeram uma troca, seus malandros! Mas não me escapam!
Os meninos já tinham acordado com o barulho. Mais que depressa saltaram da cama e saíram correndo.
Como os meninos eram muitos, o gigante se atrapalhou e antes que pudesse pegá-los, todos já tinham fugido. O gigante feiticeiro correu atrás deles, mas os meninos eram muito espertos e ele sempre os perdia de vista, porque era noite e estava escuro. Cansado o gigante acabou dormindo ali mesmo no campo. Os sete meninos aproveitaram a oportunidade: pularam o muro de uma casa velha e se esconderam lá dentro.
O gigante estava com sono, porque naquela noite não tinha dormido. Quando acordou, não viu nenhum sinal dos meninos. Ficou furioso e praguejou:
Maldito sono, que me derruba quando mais preciso estar acordado! Aqueles magricelas sumiram! Mas não há de ser nada: volto para casa, calço minhas botas de sete léguas e percorro toda a região. Eles não poderão escapar!
O gigante foi para casa e calçou suas botas de sete léguas.
Depois saiu furioso por ter perdido a pista dos meninos. Corria subindo montanhas e atravessando rios com a maior rapidez. Com aquelas botas mágicas, a cada passo que dava, andava sete léguas! O gigante percorreu todos os campos, vales e montanhas do lugar.
Olhava em todos os cantos, atras de cada árvore, de cada pedra, até debaixo da ponte ele procurou os meninos.
Mas não conseguiu encontrá-los, porque dentro das casas, que não eram dele, o gigante não podia entrar. Ele correu durante várias horas, até que não aguentou mais. Exausto, caiu no chão, bem perto da casa onde os sete meninos estavam escondidos. Daí a pouco o gigante dormiu tão profundamente, que roncou alto. O Pequeno Polegar ouviu e devagarinho, bem quietinho, saiu do esconderijo e aproximou-se dele.
O Pequeno Polegar, calçando as botas de sete léguas, com dois passos chegou à casa do gigante. Bateu à porta e a mulher veio abrir.
- Depressa! - disse ele. - Seu marido foi aprisionado por um bando de malfeitores. Eles querem ouro e pedras preciosas para o resgate. O gigante mandou-me buscar o tesouro que está escondido aqui. Por isso deu-me as botas dele, está vendo? Se eu não levar o tesouro bem depressa, os malfeitores o matarão.
Vendo que o menino estava mesmo com as botas de sete léguas, a mulher acreditou e lhe deu o tesouro dentro de uma sacola.
Pra casa ele vai, de botas sete léguas. Salta e não cai levando os irmãos.
Pelos campos ele vai, por cidades a passar, corre e não cai nosso Pequeno Polegar.
Quando o Pequeno Polegar e seus irmãos chegaram em casa levando toda aquela riqueza, seus pais o receberam com grande alegria.
- O gênio da floresta devolveu nossos filhos com uma fortuna! Que bom! Agora vamos viver sempre juntos e muito felizes.
"Graças à esperteza do Pequeno Polegar, foi vencida a malvadeza e voltaram para o lar."
"Com o tesouro trazido vivem agora em paz. Polegar muito sabido continua um bom rapaz."
Charles Perrault

O Patinho Feio

O Patinho Feio

História Infantil O Patinho feio, que se transforma num lindo cisne.


O Patinho Feio

"Era verão e os dias estavam lindos. O feno formava pilhas nos prados e campinas. As cegonhas caminhavam com suas longas pernas vermelhas, tagarelando umas com as outras. No meio de um grande bosque, havia um lindo lago. No ponto mais ensolarado, à beira do lago, via-se uma velha mansão. A grama, muito bem aparada, ia da casa até a beira da água. A paisagem era realmente encantadora.


No meio da folhagem do bosque, uma pata, no seu ninho, aguardava os patinhos que iam nascer. Já estava bem cansada de estar ali tanto tempo. Além disso, quase não recebia visitas, pois os outros patos gostavam mais de nadar do que sentar-se em baixo das folhas para tagarelar com ela.



Afinal, os ovos começaram a estalar, um após outro. Os patinhos puseram as cabecinhas para fora e saltaram da casca. Dona Pata grasnou de contentamento e eles responderam baixinho: "Quá, quá, quá!!!"
Muito admirados, olhavam para todos os lados. A mamãe deixou-os olhar tanto quanto quiseram, pois a cor verde das folhas faz muito bem aos olhos.
- Como é grande e claro o mundo cá fora! exclamaram os patinhos.
- Vocês pensam que o mundo é só isso? perguntou Dona Pata. Ele se estende para o outro lado do bosque e vai seguindo até perder-se de vista. Bem, penso que vocês já estão todos aqui, não é?

Ela se levandou e olhou à volta.
- Não, ainda falta um. O ovo maior está intacto. Quanto tempo levará?
Dizendo isto, Dona Pata sentou-se novamente no ninho.
- Olá, como vai passando? perguntou uma pata velha que veio fazer-lhe uma visita.
- Vou bem, obrigada, apenas um pouco aborrecida porque a casca deste ovo ainda não se partiu. Entretanto, você já pode olhar os outros patinhos. São os mais lindos que já vi, exatamente iguais ao pai. Aquele maroto há muito não me aparece...
- Deixe-me olhar o ovo que ainda não se abriu, disse a velha pata. Huuummm! você pode ter certeza que é ovo de perua. Eu já fui enganada assim, uma vez, e só tive aborrecimentos, pois perus tem medo de água. Grasnei e mordi-os, mas não consegui atirá-los na água. Deixe-me ver o ovo. Não resta dúvida, é de perua! Não perca seu tempo, deixe-o sozinho e ensine os outros a nadarem.
- Chocá-lo-ei mais um pouco, disse a pata.
- Desejo-lhe boa sorte. Passe bem.

A velha pata foi-se embora. Daí a algum tempo, o ovo começou a estalar e, de lá de

dentro, foi saindo um patinho muito grande e simplesmente feio. Dona Pata olhou-o muito desapontada e exclamou:
- Que patinho monstruoso! Não se parece com nenhum dos outros. Será que é filho de perua? Bem, logo descobrirei isto. Irá para a água, nem que eu tenha que empurrá-lo.
O dia seguinte amanheceu lindo. O sol brilhava sobre a folhagem. A mamãe pata foi com sua ninhada até o lago. Atirou-se na água e chamou os filhinhos:
- Quá! Quá! Quá! disse ela e eles, uns atrás dos outros, foram-se atirando. A água cobriu suas cabecinhas mas eles levantaram-se e flutuaram lindamente. Suas patinhas moveram-se e lá foram eles nadando. Até o feioso nadou.
- Não, este não é peru, disso Dona Pata. Sabe usar muito bem as patas e mantém-se ereto sobre a água. Afinal de contas, é meu filho e, talvez, quando crescer não seja tão feio. Quá! Quá! Quá! Venham comigo. Vou apresentá-los no quintal. Fiquem sempre perto de mim, para não serem pisados, e muito cuidado com o gato.

Foram, então, ao quintal. Havia lá horrível confusão.
- Endireitem as patinhas, disse ela. Grasnem apropriadamente e inclinem a cabeça diante da velha pata. Ela é a mais importante de todas nós aqui. Tem sangue espanhol nas veias. Tem uma argola vermelha numa das patas, o que indica sua boa raça. Lá vem ela. Vamos, grasnem, inclinem a cabeça.
Eles fizeram exatamente o que a mãe recomendou. Os outros patos olharam-se e comentaram:
- Agora teremos que suportar esta outra tribo, como se não fossemos suficientes! Cruzes! Que patinho feio aquele lá atrás!
Dizendo isto, um dos patos saiu correndo e bicou o pobre bichinho no pescoço.
- Deixe-o em paz! pediu Dona Pata. Ele não lhe está causando nenhum dano.
- Relalmente não está, mas acontece que ele é tão feio e esquisito que não pude controlar-me, respondeu o malvado.
- Seus filhinhos são lindos, exceto aquele ali, disse a pata velha. Está se vendo que não é de boa raça.
- Realmente ele não é bonito, mas é muito bonzinho e nada tão bem quanto os outros. Talvez no futuro ele melhore, disse Dona Pata e acariciou o pescoço do filhinho.
- Fiquem à vontade, crianças e, se acharem uma minhoca, podem trazê-la para mim.

Depois disso, os patinhos sentiram-se mais à vontade. O feioso, coitado, levou bicadas e foi sacudido pelos outros patos e até pelas galinhas. Estava desesperado e não sabia que rumo tomar. Servia de galhofa para todos. Os dias foram-se passandp e, cada vez, ele se via mais atropelado. Até seus irmãos costumavam aborrecê-lo, dizendo:
- Se ao menos o gato pegasse esta coisa horripilante...
Sua própria mãe disse um dia:
- Eu desejava vê-lo bem longe de mim.
Os patos o bicavam, as galinhas o espicaçavam e a menina que os alimentava sempre o deixava de lado.

Certo dia, não aguentando mais aquela situação, ele fugiu e chegou à sebe onde os passarinhos se aninhavam.
- Não tenho culpa de ser tão feio! pensou ele, muito, muito triste.
Continuou a andar até que chegou a um campo, onde viviam patos selvagens. Estava tão cansado que passou a noite lá. Pela manhã, os patos selvagens foram inspecionar seu novo companheiro.
- Que espécie de bicho é você? lhe perguntaram assim que ele os cumprimentou. Você é horrivelmente feio, mas isto não tem importância. Pode ficar aqui, desde que não pretenda casar-se em nossa família.
Pobre patinho! Absolutamente não havia pensado em casamento. Ele desejava apenas permissão para ficar ali no meio da folhagem e beber um pouco de água. Ficou lá dois dias inteiros. No fim desse tempo, dois gansos selvagens, muito mal educados, chegaram e disseram:
- Você é tão feio, camarada, que até temos pena de você. Há outro lago, aqui perto, onde vivem gansas encantadoras! São doces criaturas que sabem grasnar de momo especial. Reúna-se ao nosso grupo e vamos até lá. Com a sua feiura elas se divertirão bastante!

Nesse momento, ressoou um tiro, no alto, depois outro e outro... bandos de gansos selvagens voavam assustados. Havia uma grande caçada. Os caçadores estavam escondidos no arvoredo, à volta do lago. Os cães farejavam à volta, patinhando no pantano. Tudo isso alarmava horrivelmente o pobre patinho feio. Eles enroscou o pescoço para esconder a cabeça debaixo da asa e ficou lá escondido entre os arbustos. Já era tarde quando o barulho cessou. Apesar disso, o patinho não ousava levantar-se. Esperou muitas horas ali sentado. Finalmente tomou coragem, olhou à sua volta e voou o mais depressa que pode. Correu por campos e prados. Ventava tanto que era difícil equilibrar-se. Tarde da noite, chegou a um casebre. Era tão miserável que se mantinha em pé por milagre. O vento assobiava tão ferozmente, e de repente ele notou que o vento abrira a porta do casebre. Resolveu, então entrar para abrigar-se.

Lá vivia uma senhora idosa, com um gato e uma galinha. O gato, que se chamava Mimi, arqueava as costas, ronronava e seus olhos lançavam chispas, pedindo que o acariciassem. A galinha tinha patas tão curtas que era, por isso, chamada Baixotinha. Punha ovos deliciosos e a senhora gostava dela como se fosse sua filha. Pela manhã, o patinho foi descoberto. O gato começou a ronronar e a galinha cacarejou.
- Que será isto? perguntou a senhora, olhando ao redor. Ela não enxergava bem e pensou que o patinho fosse uma pata grande que tivesse fugido de algum lugar.
- Que bom achado! exclamou a senhora. Agora terei ovos de pata, caso não seja um pato. Esperemos para ver. Durante três semanas o patinho esteve em observação, mas os ovos não apareçeram.

O gato e a galinha eram donos da casa e, por isto, julgavam-se muito importantes. A galinha perguntou ao patinho:
- Você põe ovos?
- Não, respondeu o patinho humildemente.
- Você sabe arquear as costas e ronronar? perguntou o gato.
- Também não, tornou a responder o patinho.
- Pois então, fique sabendo que é um grande tolo, disse a galinha.
O patinho sentou-se num canto, cozinhando o seu mau humor. De repente, apossou-se dele um grande desejo de nadar ao sol, sentindo a frescura da manhã. E então ele resolveu ir embora novamente.


Atirou-se na água, nadou e mergulhor, sentindo-se mais calmo depois desto. Entretanto, continuava a ser olhado com indiferença pelas outras criaturas, por causa da sua feiura. O outono chegou. As folhas foram ficando amareladas. Os dias foram passando e o vento soprava sempre mais forte e o céu estava ficando cada vez mais pesado de nuvens. O patinho ficou amedrontado.
Chegou o inverno. Uma tarde, quando o sol se punha, um bando de bonitos pássaros surgiu do arvoredo. O patinho nunca havia visto animais tão belos. Eram deslumbrantemente brancos, com pescoços longos e curvos. Eram cisnes. Espalhavam suas largas asas e voavam das regiões frias para as terras quentes. Voavam tão alto, que o patinho sentiu-se estranhamente inquieto. Durante muito tempo nadou, acompanhando o vôo dos cisnes. Não os conhecia, mas sentia-se estranhamente atraído para perto deles. Intimamente desejou ser assim tão bonito.

O inverno estava tão amargamente frio, que o patinho teve que nadar muitas vezes, à volta do lago, para se aquecer. Entretanto a superfície do lago cada vez diminuia mais e, finalmente, congelou-se. O patinho teve que agistar as patinhas para não vira sorvete, mas acabou ficando cansado. De manhã cedo, um camponês vinha andando e viu-o ali, quase morto. Apanhou-o e levou-o para casa, entregando-o à esposa. Lá ele reviveu. As crianças quiseram brincar com ele, mas o coitado teve medo de ser maltratado. Por isso, meteu-se na panela do leite, esparramando-o por todos os lado. A mulher do camponês gritou e sacudiu as mãos, deixando-o ainda mais assutado. Voou, então, para a batedeira de manteiga, fazendo novo estrago. A mulher, aborrecida, quis bater-lhe com uma vara. As crianças esbarravam umas nas outras, na tentativa de segurá-lo. Por sorte, a porta estava aberta, e o patinho saiu voando. Meteu-se no meio das árvores, mas acabou caindo outra vez na neve. Estava exausto. Seria muito triste descrever todas as privações que ele teve que suportar até o final do inverno.

Quando o sol começou novamente a brilhar, o patinho foi para o lago. As cotovias cantavam e a primavera vinha chegando. Ele já estava mais crescido e sacudia as asas com mas força do que antes. Voou e encontrou-se num bonito pomar, onde as macieiras estavam em flor. No ar, sentia-se o perfume dos lilases. A frescura da primavera estava deliciosa! Exatamente à sua frente, encontrou três cisnes, que avançavam em sua direção, deslizando suavemente sobre a superficie do lago. O patinho logo os reconheceu. Eram os mesmos cisnes que ele havia visto voando. Ficou possuido de uma estranha melancolia.
- Voarei até os pássaros reais e, com certeza, virar-me-ão as costas, por causa da minha feiura, mas não faz mal. Prefiro ser morto por eles do que mordido pelas patos, bicado pelas galinhas, espancado pela mulher do camponês e ainda suportar a rigidez do inverno.


Assim pensando, voou em direção dos cisnes. Eles o viram e se aproximaram, gentilmente, ruflando as asas.
- Matem-me, disse ele.
Abaixou a cabeça e ficou esperando a morte, mas, através da água transparente, que ele viu?
Com grande surpresa, viu sua própria imagem refletida na água. Ele não era mais aquele patinho feio, cinzento e desajeitado. Era um belo cisne!
Ficou verdadeiramente emocionado.
Os cisnes grandes nadavam à sua volta, como se quisessem render-lhe homenagem. Algumas crianças vieram ao lago trazendo pedacinhos de pão para eles.
A menor exclamou:
- Hoje há mais um cisne, e como é bonito!!!
As outras crianças disseram:
- Ele é o mais belo de todos e é muito jovem.
Os velhos cisnes inclinaram as cabeças, em sinal de respeito, e depois acariciaram-no com o bico.
O cisnezinho ficou encabulado e escondeu a cabecinha embaixo da asa. Apesar de muito contente, não estava orgulhoso, pois quem tem bondade no coração não sente orgulho.
Lembrou-se de tudo o que sofrera e deu graças a Deus por ser agora tão feliz!

O MÁGICO DE OZ

O MÁGICO DE OZ

O MÁGICO DE OZ, história infantil para crianças
História Infantil O magico de Oz



 Doroti vivia numa fazenda com a tia Ema e o tio Henrique. A menina tinha um cãozinho chamado Totó e passava o tempo todo brincando com ele.
Um dia, houve uma ventania tão forte que a casa da fazenda foi levada pelos ares.
Doroti e Totó, que estavam lá dentro, foram carregados para a terra de Oz.
Na terra de Oz havia quatro fadas. Duas eram boas e viviam uma no Norte e outra no Sul. Duas eram más e moravam no Leste e no Oeste. Quando a casa da fazenda caiu no chão, esmagou a Fada Má do Leste e ela morreu.

A Boa Fada do Norte agradeceu a Doroti por ter libertado os comilões, que viviam escravizados pela Fada Má do Leste. Depois a Fada ofereceu ajuda a Doroti.”Só o Mágico de Oz pode ajudar você a sair desta terra. Calce os sapatos encantados, que pertenciam à Fada Má do Leste. Depois siga a estrada de tijolos amarelos até a Cidade das Esmeraldas. Lá mora o Mágico de Oz”.
Doroti agradeceu e pôs-se a caminho, levando Totó. Logo adiante encontrou um Espantalho pendurado num tronco. Doroti soltou-o e ele disse que queria ter um cérebro para poder pensar. Então Doroti convidou: “Venha comigo. O Mágico de Oz lhe dará um”.



Mais adiante, os três encontraram um Lenhador de Lata, que desejava possuir um coração. “Venha conosco até a Cidade das Esmeraldas”, convidou Doroti. “O Mágico de Oz lhe dará um”.Assim, o Lenhador de Lata também seguiu com eles.

Logo depois, os quatro encontraram um Leão. Ele rugiu para assustá-los. Totó latiu e o Leão tentou mordê-lo, mas Doroti deu um tapa no nariz do Leão, dizendo: “Que covardia, atacar um cãozinho tão pequeno!” “sou covarde mesmo. Mas bem que gostaria de ser corajoso”, respondeu o Leão. “Venha conosco. O Mágico de Oz dará coragem.”

Os cinco amigos viajaram muitos dias pela estrada de tijolos amarelos. Depois de várias aventuras, chegaram ao castelo do Mágico de Oz. Um de cada vez foi levado à sala do trono para falar com ele.

O Leão pediu ao mágico que lhe desse coragem. O Lenhador de Lata queria um coração. O Espantalho pediu um cérebro e Doroti queria voltar para a fazenda de seus tios. O Mágico de Oz prometeu atender ao pedido de todos, se eles matassem a Fada Má do Oeste.

Os cinco amigos seguiram para o poente. À noite, a fada Má do Oeste enviou seus lobos contra eles, mas o Lenhador de Lata matou todos com seu machado.
No dia seguinte a Fada Má do Oeste mandou seus corvos selvagens atacarem Doroti e os amigos. O espantalho enfrentou os corvos e torceu o pescoço de um por um.

A Fada Má do Oeste ficou furiosa e chamou seu macacos alados.Eles carregaram Doroti, Totó, o Leão, o Lenhador de Lata e o Espantalho para o castelo da bruxa.

A Fada Má do Oeste amassou o Lenhador de Lata e tirou a palha do Espantalho. Depois, prendeu o Leão numa carroça e obrigou-o a trabalhar para ela dia e noite.“Agora vou transformar seu cãozinho num verme”, disse a Fada Má a Doroti.
A menina ficou com tanta raiva da Fada Má, que pegou um balde de água e jogou em cima dela.” Socorro!”, gritou a bruxa. “Estou encolhendo!” Era verdade. A água fazia a bruxa diminuir de tamanho. A bruxa foi ficando cada vez menor, até que sumiu.

Os Pisca-piscas, escravos da bruxa, agora estavam livres. A pedido da Boa Fada do Sul, eles desamassaram o Lenhador de Lata, rechearam de novo o Espantalho e soltaram o Leão.

Doroti e os amigos voltaram ao castelo do Mágico de Oz. O Espantalho ganhou um cérebro, o Lenhador
de Lata conseguiu um coração, e o Leão obteve coragem.

A Boa Fada do Sul disse a Doroti que ela podia voar com os sapatinhos encantados que a Boa Fada do Norte lhe dera Doroti despediu-se dos amigos e voou para fazenda de seus tios, levando o Totó nos braços